Chopin duzentos anos depois
Sobre tesouros que guardamos dentro de nós e que jamais serão encontrados
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Partitura inédita de Chopin é encontrada 200 anos depois em NY.
Me pego olhando para o nada, várias vezes nos últimos dias, imaginando a surpresa de Robinson McClellan, que é o curador do Morgan Library & Museum em Manhattan, ao abrir seu cofre de memorabilia de arte e, entre cartões postais de Picasso e fotos vintage de atrizes francesas, deparar-se com uma partitura original e inédita de uma valsa de Frédéric Chopin, como me contou essa matéria com notas de infográfico do NYTimes.
Penso que das várias coisas que me chamam atenção no acontecido, destacam-se a jornada da peça (passou de mão em mão de colecionadores até ser guardada no cofre) e o mutirão de especialistas e músicos que se dispuseram a analisar detalhes da obra, como formato da letra e dos símbolos normalmente utilizados pelo compositor polonês.
E também na sorte do pianista Lang Lang ao ser escolhido para dar vida à peça no Steinway Hall quando ela mais uma vez ganhou o ar e se fez música.
Mais do que isso, penso como é uma alegoria perfeita para os tesouros que deixamos guardados dentro de nós, com as nossas próprias marcas de autenticidade, tesouros esses que não terão a mesma sorte, seja do olhar técnico de alguém que os descubra, seja da companhia de sábios dedicados que os autentique, dê publicidade e legado.
Penso que, na mesma medida e de forma deliciosamente paradoxal, que devemos nos dedicar a não carecer de autenticação e não esconder da posteridade nossos próprios tesouros. Seja por medo, síndrome do impostor ou casca de feijão no dente.
Ou seja, que devemos trocar o cofre por prateleiras públicas, em resumo.
Era isso.
Mas porque uma edição tão curta?
Sei lá, queria pensar nisso até semana que vem. Até lá!
Ah, antes de ir!
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Eu pensei nela como uma turbinada na minha experiência, ideal para marcas, projetos, startups e outros criadores de conteúdo que querem dedicar seu tempo para o que mais curtem, encontrar e contar boas histórias…
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