10 episódios de podcast nos quais ouvir é só o começo.
E por que importei meu feed para o Substack
Em 2004, criei o primeiro blog do país sobre “trabalhar de casa e por conta própria”. Em 2008, o podcast nascido deste mesmo projeto. E estas duas frases de abertura estão aqui pelo único motivo de nos ajudar a lembrar que, de lá para cá no distante 2024, vi tudo mudar e voltar ao começo: o ato de produzir conteúdo de forma continuada e organizada cronologicamente para uma audiência fidelizada é ainda uma potência em termos de estratégia de conteúdo.
Ocorre que nos primeiros eventos e meetups do wordpress do Rio de Janeiro chamávamos de blogosfera e agora está nas newsletters. E, também, que mesmo depois de algumas polêmicas, a turma daqui tem se esmerado em reunir ferramentas, recursos e compromisso com a estabilidade que atendem a todo e qualquer produtor de conteúdo que almeje construir e fidelizar a sua (provável) audiência.
E foi por isso que trouxe o podcast mauroamaral.com para cá, concluindo a importação na hora do almoço.
Este projeto em específico nasceu na minha cabeça pouco temo depois que dei essa entrevista para o Canal Futura, no comecinho da Era Trump, meio que tentando rascunhar um raciocínio que as timelines movidas por algoritmos de reforço positivo (vcs chamam de redes sociais, eu acho…) nos levariam a um estado de coisas preocupantes. Dito e feito.
O fato é que, pelo menos, esses anos conturbados me ajudaram a pensar em minha pergunta de pesquisa para o Mestrado e, também, em um projeto que tivesse o fluxo de consciência e paisagens sonoras como sua origem. E assim foram as duas primeiras temporadas do podcast que veio morar aqui.
Para ajudar a entender, selecionei os 10 episódios que mais curto desta fase. De antemão não sei se tenho espaço mental para seguir produzindo com o esmero que merece. Mas, fica o convite para você entender do que podcasts são feitos. Spoiler: não tem a ver com uma mesa de madeira, luzes neón ou braços articulados para microfone. É sobre outras coisas.
Vem ouvir algumas.
O fato é que contar histórias em áudio gera uma conexão diferente
Mover o feed para cá envolve um certo nível de crença: de que não existe nada mais poderoso do que a conexão direta entre produtores de conteúdo e suas audiências.
Quando você acumula algumas milhas no cartão VIP da vida, percebe que existe a semântica e também a forma de manifestação das coisas. A semântica está resumida no parágrafo anterior. Faz sentido insistir em conexão direta porque é dela que precisamos sempre.
Acompanhar as soluções para isso, comportando-se forma absolutamente agnóstica de ferramentas e plataformas, é o o modo de se estar nesse momento. O que conta é o contexto que vc cria ao redor de sua presença. Não a plataforma. Não as suas regras, não as suas demandas e agendas escondidas.
O conteúdo é a sua expressão. Não o preço que você tem que pagar para participar de algum projeto de outrem.
É isso.
Percebo que estamos nos aproximando de um estado natural de produção continuada. Respiro, olho para o caderno de notas, e começo a pensar na próxima edição.
O projeto mauroamaral.com está aqui no Substack toda semana, mas continua em um grupo do Telegram, um canal no Instagram, outro no Whatsap e um servidor do Discord.