Artesania textual? Você vai entender hoje o que é.
E mais alguns bastidores da semana, nova editoria no Instagram e chamado relevante ao final.
A semana que passou trouxe para mim continuidades e começos e, foi tão interessante - naquilo que eu considero interessante neste meu fazer de curador e produtor de conteúdo - que resolvi trazer para cá.
Antes, contexto rápido: meu site pessoal, que cabotinamente chamo de “Projeto mauroamaral.com", assume novamente seu papel de plataforma central na produção textual, autoral e focada na tradução dos grandes temas desta fronteira louca entre “Tecnologia, Comunicação e Cultura”. A newsletter aqui, segue ao sabor de sua própria velocidade mas a auto-referência entre os dois canais seguirá sendo a tônica. Sem mais, vamos lá.
[MAIO DE DESCOBERTAS]
Sobre a artesania textual enquanto resistência possível
Eis que uma das aventuras mais gostosas a que tenho me dedicado é a criação de textos sem qualquer anabolizante estatístico. A ideia é criar uma linha narrativa perene que nos acompanhe mês a mês na construção ou aprofundamento de algumas hipóteses que tenho pesquisado. Como primeiro passo, estou sedimentando alguns “contratos” com a audiência, meio que explicando como se dará a pesquisa.
Para deixar mais simples: estou explicando como se darão os temas mensais. O dia a dia envolve criar a programação no Scrivener, criar durante alguns dias cada peça semanal. Fica a dica para quem quer ser carpinteiro de palavras: o Scrivener. É um processador (compilador) de textos ultra-focado que serve basicamente para criar projetos editoriais. Aqui, adaptado para série de textos em blog.

Mais sou empolgado, né? Então quis trazer um molho especial: ter ainda o requinte de ilustrar de forma temática cada sequência destas. No mês de descobertas, sintetizei o tom que quero trazer na figura de simpáticos mergulhadores. Porque, né? Estou me aprofundando em determinadas decisões pessoais. Pego? Ahn?




E até agora, publiquei isso aqui:
Maio25#1: Onde explico sobre o MAP, o Momento Analógico Possível. É o momento de recomeçar a partir da plataforma que me abraça, o texto →
Maio25#2: Onde revelo um exercício de alteridade que me acompanha desde sempre. O impacto da arte a serviço. Foi o momento de explicar meu olhar para todas as coisas do Mundo. E por que esse olhar tem A Voz →
Maio25#3: Sobre a Artesania do texto. Para você entender sobre esta Alquimia de vontades, o tempero do meu tempo íntimo e a interpretação das coisas que me cercam →
Espero vocês por lá! Os links estão no “1”, “2” e “3”. Os dispostos, clicarão.
[RADAR]
Uma partitura completa tem várias pautas
No final da adolescência e início da vida adulta tinha um passatempo absolutamente delicioso: acompanhar partituras de orquestras sinfônicas enquanto ouvia as Sinfonias em caixas de CDs completas da Deutsche Grammophon. Pois é, tive meus momentos.
O que mais me chamava atenção naquelas tardes de sábado era como linhas narrativas individuais (cada instrumento tem a sua pauta em até 25 simultâneas) construía uma sensação completa ao final.
Assim, um ouvinte desavisado pode até receber uma massa sonora - linda, mas por vezes indistinguível - enquanto os mais atentos, as particularizam e conseguem depreender o tanto de talento, esforço e dedicação que cada instrumentista emprega para um resultado final.
Pois bem, a reminiscência é válida na forma de metáfora para explicar que, no projeto mauroamaral.com de 2025, temos outra pauta que é tocada ao mesmo tempo em que os artigos autorais. É a seção Radar.
Para explicar seu nascimento, farei algo pouco usual: vou mostrar as entrâncias de meu processo criativo. Se liguem:
Sacaram? Por que não valorizar o projeto com um ritmo de publicações diárias sobre temas que complementam as edições aqui da news? E mais: porque não dar um tom ficcional sutil para isso?
Então, todos os dias - às exceção daqueles que tivermos edição da news aqui - , você poderá ler em mauroamaral.com um artigo que dialoga com os grandes temas que sigo, persigo e pesquiso sobre.
Saiu um primeiro carrossel na segunda-feira. Notem uma presença andrógina e diáfana (quase). Ela é a personificação da ascenção das IAs em nosso mundo. Minha ideia é que ele/ela sempre esteja presente, alheio, circunspecto, certo de quem sabe para onde as coisas estão indo.



Bacana, né? A seção conta com dois artigos já. No primeiro, apresentei para vocês como a forma de pensar muda de acordo com o idioma que falamos.
No segundo, analisei um episódio de um podcast bastante perturbador do NYTimes que entrevistou um ex-engenheiro da OpenAi (foi o que deu origem ao carrossel aí de cima) e suas predições para um futuro sombrio.
Uma dica: essa seção tem seu ritmo próprio e dispara e-mails para quem quiser assinar por lá. Ao final dos posts têm todas as instruções.
E fico por aqui. Vida que segue e outra que me chama.
Até lá, Paz!
E que delícia de processo esse o seu. Obrigado pela generosidade de compartilhar!
Adoro o Scrivener. Virou o oráculo das minhas histórias.