I.A na paquera, Olimpíadas em Paris e desafios da conexão que não desliga
Do Tinder às Olimpíadas, passando por IA e mudanças climáticas: como a tecnologia está redefinindo a comunicação, o entretenimento e a sobrevivência humana.
Finalizo o período de férias de meio do ano com uma edição enxuta porém cheia dos detalhes interessantes. Vamos falar sobre as novidades de I.A. no Tinder, tecnologia nos jogos olímpicos e sobre uma ameaça que corre por fora quando o assunto é inovação. Spoiler: tem a ver com meio-ambiente.
Lembrando que essa newsletter sai quase toda quarta-feira (só que hoje é quinta) e quase toda semana (pode ser que pule um ou outro dia) e é um spin-off do projeto mauroamaral.com.
Se pulou aqui agora, vindo de alguma indicação, convido para acessar meu arquivo de edições. Estou por aqui desde 2019. Sim, tenho essa mania de chegar cedo nos lugares em que sequer fui convidado.
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O projeto mauroamaral.com está aqui no Substack quase toda semana, mas continua em um grupo do Telegram, um canal no Instagram, outro no Whatsap e um servidor do Discord.
[READ] → Deu match?
Tinder lança recurso de seleção de fotos com IA
O app de encontros mais famoso do mundo está, como sempre, saidinho. Agora trouxe o tal de Photo Selector, um recurso alimentado por inteligência artificial (IA) que visa facilitar a escolha das melhores fotos de perfil no Tinder. Para utilizar a ferramenta, o usuário tira uma selfie no aplicativo e permite acesso à galeria de fotos.
O Photo Selector usa reconhecimento facial para sugerir uma seleção de imagens, que são processadas localmente no dispositivo do usuário, garantindo privacidade. Este novo recurso pretende economizar tempo dos usuários na criação de perfis, ajudando-os a focar em conexões mais significativas.
Aquele dado → Estudos indicam que jovens solteiros gastam em média 33 minutos para escolher a foto de perfil ideal, e o Photo Selector pode reduzir esse tempo consideravelmente.
Mas… tem toda a problematização dos vieses com os quais as IAs foram treinadas, certo? Buscas no Google, há pelo menos dez anos, trazem sempre resultados eurocentrados para buscas envolvendo beleza, por exemplo. Da mesma forma, é grade o risco de populações diversas não se verem espelhadas neste tipo de seleção automática.
Isso quando não acontece o que aconteceu recentemente neste concurso de beleza aqui… só para personagens criadas por IA.
[PLAY] → Por Zeus!
Quantas telas para acompanhar a festa mundial dos esportes?
As Olimpíadas de Paris 2024 prometem aquela sucessão de grandes momentos que nos acostumamos a ver do sofá de quatro em quatro anos. Pera, não, já vi ao vivo quando veio a Rio, #beijonoombrocomunidade
Com início em 24 de julho e encerramento em 11 de agosto, os eventos serão transmitidos ao vivo por streaming e terão auxílio de tradutores automáticos, o que faz todo sentido em um evento que é global há pelo menos 35 anos. Sabe como é, diferente do futebol, a celebração de raiz helênica, flerta bem com tecnologia.
O site oficial das Olimpíadas fornece uma programação completa para quem deseja acompanhar cada detalhe. Para os assinantes do serviço de streaming Peacock, há ainda mais motivos para comemorar.
Além de transmitir ao vivo todos os eventos, o Peacock oferece funcionalidades inovadoras como o multiview aprimorado, que permite assistir a várias competições simultaneamente.
Outra novidade interessante são os resumos diários apresentados por uma versão gerada por inteligência artificial da famosa voz de Al Michaels, oferecendo uma experiência única e avançada de acompanhamento.
Conta para mim e para todos os seus contatos (daqui, não do Tinder, por favor) o que curte mais acompanhar quando o assunto é Olimpíadas?
[READ] → É sobre o meio-ambiente, seus bobos.
A.I. e carros elétricos demandam expansão das redes elétricas… o que fazer?
A iminente alta na demanda por energia devido aos veículos elétricos (VEs) e centros de dados preocupa as concessionárias de energia não só pelo custo, cobre e mão de obra necessários, mas porque enfrentar esse desafio exige uma mudança cultural profunda no setor de energia, em direção à inovação e rapidez do Vale do Silício.
Tradicionalmente, a regra para as concessionárias é construir mais geradores e linhas quando há necessidade de mais energia. Porém, na era de transição energética, essa abordagem não é rápida o suficiente.
Portanto, além de correrem para construir subestações e linhas de transmissão, muitas concessionárias estão investindo em soluções tecnológicas, frequentemente utilizando IA, que aumentam a eficiência e capacidade da rede sem grandes infraestruturas.
Um risco maior que o da sub-construção é o da superconstrução da rede, desperdiçando recursos financeiros, naturais e burocráticos, além de invadirem desnecessariamente paisagens, para atingir o mesmo resultado que poderia ser alcançado mais rapidamente e de forma menos invasiva.
Sistemas dinâmicos de classificação de linhas e startups como AutoGrid, que usa aprendizado de máquina para prever produção de energia e curvas de demanda, ajudam a suavizar picos e reduzir os requisitos de capacidade das concessionárias.
A AiDash usa imagens de satélite e IA para gerenciar a vegetação que pode danificar as linhas de energia. Muitas concessionárias ainda não conseguem monitorar em tempo real o que ocorre na rede, o que complica a conexão de novas fontes de energia, como fazendas solares.
Além disso, atualizações de baixo custo na infraestrutura existente, como recondução de fios antigos e modernização de equipamentos de subestação, podem aumentar significativamente a capacidade sem custos elevados.
Mas é aquilo a cada vez que você roda um prompt e assina um serviço que usa I.A. consome mais e mais energia. Como você vê isso?
Biscoitinhos para quem está no time oficial de torcedores de sofá desde 1980 e o ursinho Misha
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