O dia que voltei para a sua caixa de e-mail
Haverá um dia, pois ele já houve, em que voltei para a sua caixa de e-mail. Não trarei explicações detalhadas sobre o fato de ter sumido, como quem diz que vai comprar cigarros sem nunca ter fumado na vida e nunca ter voltado naquele ano, ou nos próximos e ter sido reconhecido vinte anos depois em um outro bairro, com outra barba, como em um conto de Nelson Rodrigues. A volta será como um bloco que passa por sua rua, fazendo algazarra contida, ignorando regras, como aquela que diz que conteúdo para ser lido em temos de desatenção precisa ser pensado sob a ditadura das frases curtas. Abaixo às frases curtas, diria. O fato é que desde que publiquei este pequeno desenho aqui, tenho refletido sobre que sentimentos guiariam o meu 2025, e quando dei por mim, março acabou. Três meses sentindo que precisava reencontrar certa voz que havia permitido se manifestar em 2018 e que deixei ser silenciada, como quem trava o pedal do meio de um piano de estudo, e aquele veludinho desce e se interpõe entre os marteletes e as cordas, sabe? Não sabe? Pois é, sei de coisas. Abaixo aos veludinhos que se interpõe entre os marteletes e as cordas! Ou melhor, acima. Levantem o veludinho. Sobe o pano.
Voltei.
Até semana que vem.
Bem vindo de volta! Mas confesso que foi esse teu chamado que me trouxe pra cá também. Que bom!
Salve, Mauro!!