O que fica para trás quando olhamos para frente e somos míopes
PL 2630, True Detecive, Black Mirror e muito mais por aí.
(antes de começar, lembrando que temos um servidor no Discord e um grupo no Telegram e até um Canal no Instagram para seguirmos conversando durante a semana. Passem por lá!)
Sim, atrasou. Estava esperando por um desfecho menos frustrante para a PL2630, que versa sobre a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, a.k.a a das Fake News para trazer aqui. E fuém.
O fato é que o mundo das plataformas venceu o das boas ideias, logo elas que - em uma inocente idealização - seriam o combustível da mesma internet que, de agora em diante, deixa para trás alguma coisa. Não sabemos o que, exatamente.
Ou sabemos e fingimos não acreditar. Na dúvida, fico com a incerteza mais definitiva que se pode ter, traduzida no tweet de um dos pioneiros do mundo da escrita digital aqui no HueHueBr:
![](https://substackcdn.com/image/fetch/w_1456,c_limit,f_auto,q_auto:good,fl_progressive:steep/https%3A%2F%2Fsubstack-post-media.s3.amazonaws.com%2Fpublic%2Fimages%2F2228bc07-3d5e-4070-84c4-193237a734ed_1240x352.png)
E se você chegou desavisado por aqui, ou não leu a nota do
, aí vai: ontem (02/05/2023), a Câmara dos Deputados iria votar o texto original do Projeto de Lei que traria à luz da responsabilidade plataformas como Google, Meta e Spotify sobre a circulação de mensagens de ódio, desinformação e toda a lista do chorume ocidental movido por polarização que tanto tem nos assolado.Mas que nada: rolou lobby pesado da turma do “nossos termos de aceite e regras de uso já dão conta disso” e, mais de noventa emendas depois, o texto irreconhecível, ficou para depois. E nem se sabe quando.
Curiosamente, o movimento que começou no final da década de 80 para circular conhecimento, uma vez cooptado pela maior das burocracias puxa uma cartada Kafkaniana e, fazendo uso da letra miúda, mela o andar da carruagem. Não, hoje não é um grande dia, segue meio amargo e com gosto de desistência.
Mas, sigamos: falarei por aqui ainda sobre novidades no Substack, o que vem por aí nos streamings e um monte de biscoitinhos para a sua quarta-feira.
[READ]: O TWITTER DO SUBSTACK
Já que as Big Techs deram esse belo exemplo de bundamolice, cabe pela lei natural dos encontros trazer algo de bom que pelo menos nos refresque a alma. E se tem uma coisa que eu tenho acompanhado de perto e com gosto são os lançamentos aqui do Substack.
(Sim, sei dos vacilos recentes do CEO em Lives, mas ainda assim, arranhões à parte, a gente segue com pontos positivos).
Uma destas novidades foi o “Notes”. Para resumir é sim o Twitter do Substack. Mas é também o Twitter como ele era em 2008. Contato direto. De um para muitos e de muitos para um. Bons papos, referências mil. Educação e gentileza circulando.
Tecnicamente não é difícil de entender: uma timeline para troca de mensagens curtas (mas que pode ser editadas e ter mais de poucos caracteres), que seus leitores recebem e que seus leitores (assinantes, quiçá) também publicam.
Estou sempre por lá. Mas tem quem esteja mais. Como diz o
: é como o ponto de encontro dos bastidores dos escritores.[READ]: VAZOU NO PENTÁGONO
Bom, voltando ao mundo menos colorido e até por isso, mais real, vocês acompanharam o caso do Jack Teixeira? Além do nome que parece vir de um pornô dos anos 70, sua história envolve a questão da segurança da informação em um contexto atual, no qual a vazamento de informações confidenciais pode ter implicações graves para a segurança nacional das democracias.
O caso de Jack Teixeira, um membro da Guarda Nacional Aérea de Massachusetts, acusado de vazar informações confidenciais, levanta preocupações sobre a adequação no processo de concessão de autorizações de segurança.
Além disso, o comportamento violento e instável de Teixeira, com ameaças de violência e declarações problemáticas em suas redes sociais, destaca a importância de avaliar cuidadosamente o comportamento e histórico de uma pessoa antes de conceder essa autorização de segurança. Esse caso ressalta a necessidade de garantir que somente indivíduos confiáveis e seguros tenham acesso a informações confidenciais.
Outro aspecto importante é a segurança cibernética, já que Teixeira compartilhou informações confidenciais em um chatroom online. Isso destaca a necessidade de garantir que os funcionários sejam treinados adequadamente em segurança cibernética e que medidas de segurança sejam implementadas para evitar violações de segurança de dados.
O caso destaca a importância de avaliar cuidadosamente o histórico e comportamento de uma pessoa antes de conceder autorizações de segurança e de implementar medidas de segurança adequadas para prevenir vazamentos de informações confidenciais e violações de segurança de dados. A segurança da informação é um aspecto crítico para a segurança nacional e deve ser levada a sério por todos os envolvidos.
Agora, imagina se fosse uma plataforma de alcance mundial e não uma pessoa?
[READ]: APENAS UM BABACA BILIONÁRIO COM MUITO DINHEIRO
Elon Musk corta acesso da OpenAI aos dados do Twitter e aumenta suas próprias atividades de IA, surpreendendo o total de zero ChatGPTs. A decisão de Elon Musk de cortar o acesso da OpenAI aos dados do Twitter foi motivada por sua crença de que a startup de IA não estava pagando o suficiente pelos dados. Desde então, Musk aumentou suas próprias atividades de IA, incluindo conversas com Jimmy Ba para construir uma nova empresa de IA chamada [X.AI] , contratando principais pesquisadores de IA da DeepMind do Google no Twitter e falando publicamente sobre a criação de um rival para o ChatGPT.
Elon Musk tem visões contraditórias sobre a inteligência artificial (IA) e seu impacto na humanidade, o que o levou a priorizar seus próprios esforços de IA, apesar de ter ajudado a fundar a OpenAI. Embora suas preocupações com os perigos potenciais da IA sejam válidas, os críticos apontam que sua própria empresa, a Tesla, usou sistemas de IA para avançar os limites das tecnologias de direção autônoma que estiveram envolvidas em acidentes fatais. Ainda assim, as raízes de Musk na IA remontam a 2011, quando ele foi um investidor inicial na DeepMind, uma startup de Londres que se propôs a construir inteligência artificial geral (AGI).
[PLAY]: A MAIS TRUE DE TODAS, A MENOR MIRROR DE TODAS
Tá, respirando um pouco. Séries boas temos aos montes. Excelentes, uma ou outra. Agora, geniais, daquelas que você jamais esquece, são bem poucas. Arriscaria nem meia dúzia. Uma delas, é a primeira temporada de True Detective.
Criada por Nic Pizzolatto, a primeira temporada conta a história dos detetives Rust Cohle (interpretado por Matthew McConaughey) e Martin Hart (interpretado por Woody Harrelson), que investigam um assassinato em série no estado americano da Louisiana. Tudo ali é perfeito: sua atmosfera sombria e cinematográfica, assim como por sua exploração de temas filosóficos e existenciais, o caderno de Cohle, o futuro do passado etc etc etc.
Eis que depois de uma terceira temporada bem ruim, fica aí a possível boa notícia: teremos uma quarta chance com a senhora Jodie Foster.
Sem data prevista, tudo o que temos é a Sinopse que está circulando por aí nas interwebs:
Quando a longa noite de inverno cai em Ennis, Alasca, os oito homens que operam a Estação de Pesquisa Ártica Tsalal, desaparecem sem deixar vestígios. Para resolver o caso, a dupla de detetives Liz Danvers (Foster) e Evangeline Navarro (Reis) terão que enfrentar a escuridão que carregam em si mesmas e cavar as verdades assombradas que jazem enterradas sob o gelo eterno
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Tem mais voltas para acontecer ainda este ano: teremos a sexta temporada de Back Mirror que promete voltar mais imprevisível do que nunca. Hmmm…será? O criador Charlie Brooker diz que decidiu surpreender tanto a si mesmo quanto ao público, desafiando suas próprias ideias sobre o que um episódio de Black Mirror deveria ser.
A nova temporada terá novos elementos e uma variedade maior de histórias, mas ainda manterá o tom sombrio e satírico característico da série. Além disso, a lista de estrelas que se juntaram ao elenco é impressionante.
Temos desde Aaron Paul (Breaking Bad), Salma Hayek Pinault (Frida) e Josh Hartnett (Penny Dreadful); até Kate Mara (House of Cards), Samuel Blenkin (Peaky Blinders) e Zazie Beetz (Deadpool 2). Confira a lista completa!
Caiu na minha caixa postal mas poderia estar na sua
Se tem uma coisa que o brasileiro adora é rede social. Se tem outra, é falar sobre redes social nas redes sociais. O mesmo vale para qualquer invenção digital que conecte pessoas e histórias. É o nosso jeitinho.
Pensando assim,
lançou a '‘Substacks em Português”, como nome auto-explicativo, ou seja, um espaço para debatermos sobre as publicações criadas na língua. Acho interessante.Biscoitinhos para a provável audiência que mora também na tríplice fronteira entre tecnologia, comunicação e cultura…
Fraudadores estão usando a tecnologia deepfake para imitar vozes de pessoas conhecidas e enganar empresas e indivíduos, causando prejuízos financeiros significativos. A FTC dos EUA emitiu um alerta sobre essa nova forma de fraude e o FBI está alertando empresas sobre deepfakes sendo usados para criar "funcionários" online para posições de trabalho remoto a fim de obter acesso a informações corporativas. Assuste-se lendo o material na íntegra »
O LinkedIn está mudando e ficando mais pessoal. Nos últimos três anos, muitos usuários têm postado histórias de suas vidas, o que não agrada a todos. Muitos usuários acreditam que essa mudança é positiva, pois permite uma maior conexão entre as pessoas e humaniza as marcas. O LinkedIn tem uma equipe de 200 pessoas trabalhando em histórias que atraiam a atenção e o envolvimento dos usuários. »
Um artigo interessante que discute a ascensão da Inteligência Artificial Generativa e o alerta sobre o seu uso sem moderação e cuidado. O texto também destaca a necessidade de entendermos como dominar a IA antes que ela nos domine. Libere seu Eu, Robô lendo aqui »
Embora muitos acreditem que a IA pode substituir a criatividade humana, há quem defenda que ela pode ser uma aliada no processo criativo. Eu estou neste time. Segundo um estudo recente, 63% dos empregadores fornecem treinamento em design para aqueles em funções que não são de design. A IA também pode melhorar a eficiência do trabalho criativo. É importante estar atento às inovações em IA no setor de marketing e publicidade para não ficar para trás. Leia o artigo completo aqui »
Material legal para ler com calma (domingou?): uma breve história da inteligência artificial, desde o seu início na década de 1950 até os modelos modernos de aprendizado profundo. Tem até infográfico »
Futuro biscoito: na sexta-feira vou publicar uma lista de 20 livros para discutir essa fronteira entre plataformas, vigilância e futurismo. Tá ficando boa!
Ps2: recebi e-mail do Substack sobre novas customizações na home. Achei interessante e guardei pra ler com calma. Abs.
Triste realidade política e pena perdermos essa oportunidade. Mas sigamos firmes mediando onde dá. Vou rever True Detective. Sempre me interessou mas acabei parando no começo.