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Sobre minha limitação e eventos de mercado

Sobre coisas que descobri com o tempo que não tinha.

Relembro de testar possibilidades novas em ferramentas idem, e decido revelar no formato de rápido pensamento, impressões gerais sobre eventos do mercado de criatividade, inovação e tecnologia.

Sempre tive muita bronca de eventos de mercado. Achei aquilo muito chato, muito autorreferente e referente à época errada. Normalmente não falava de futuro, sequer de presente. Estava sempre olhando para o passado recente como se fosse inovação. Essa dicotomia, essa dissonância cognitiva entre o estar no mundo me incomodava e me incomoda muito.

Aí eu percebi que eu estava entendendo eventos de mercado da forma errada, a partir da minha própria limitação.

E qual é a minha limitação? A possibilidade de construção de um networking, Apesar de já ter criado e participado de projetos que tiveram relevância ali na por volta de 2013, 2014, eu sempre tive muita dificuldade de construir uma teia de relações, principalmente presencial.

A internet se fez como meu lugar de morada criativa muito por conta disso. Que eu, no meu secreto, na minha câmera secreta, na minha cela de pesquisador e de pensador, de leitor, enfim, interessado por vários assuntos, conseguia colocar aquilo para fora na forma de projetos de conteúdo. Eu tenho projetos de conteúdo ininterruptos desde 2003. Ou seja... muitos de vocês sequer existiam na internet. Mas essa bronca de mercado continuava.

Mas essa bronca de eventos de mercado continuava. Até entender isso. Que eu enxergava aquele evento a partir da minha limitação. E é óbvio. É óbvio que os temas tratados não podem ser aprofundados, porque são normalmente palestras muito rápidas. E são autorreferentes, porque são de um segmento. E é óbvio que eles se remetem a passado recente, porque... Não é ali que se discute futuro. O futuro se discute em outros fóruns, normalmente não públicos, inclusive, o que é um erro.

Aí é isso: a maturidade tenha me trazido essa questão. Não é que o evento não se presta ao que eu achava que ele deveria se prestar. E sim, é a minha limitação que fazia enxergar ele de forma errada. Isso não quer dizer que eu não tenha ido alguns, ou que eu não quisesse ter ido em outros, mas nos últimos seis meses tem me realizado isso.

Quando me perguntam quem eu sou exatamente, eu costumo dizer que eu sou uma antena que luta para tentar ser um alto-falante.

Ou seja, eu sou bom em captar tendências e coisas que vão acontecer, mas não muito bom em transformar isso em projetos de conteúdo consistentes. Esta newsletter tem sido algo que tem atraído atenção e dedicação, porque ele nasce do meu site pessoal num formato que eu acredito que vai ser o futuro da conexão digital, de comunicação digital, de conteúdo digital, envolvendo relação direta entre produtores, entre publishers e suas audiências, sendo isso recompensado, remunerado a partir talvez de estética Web3, de recorrência envolvendo algum tipo de blockchain, pode ser. que pode aumentar o potencial de ganho exponencialmente.

Eu acredito nesse formato e isso me levou a esse projeto de conteúdo aqui, uma newsletter que às vezes quando tem vídeos no qual eu trago reflexões sobre essa fronteira que eu habito. Eu sou essa antena e essa antena está instalada numa fronteira de três grandes potências, a tecnologia, a comunicação e a cultura. tradicionalmente, curiosamente, áreas que eu comecei a acontecer inversamente. Eu começo como músico, depois como publicitário e, por fim, faço uma especialização mestrado em tecnologias de comunicação e cultura.

É isso, uma reflexão para sexta-feira, motivada pela curiosidade de testar as novidades do Riverside.fm, ferramenta eu usei para gravar alguns podcasts no final do ano passado.

É tudo muito rápido. Você escolhe se corre ou não. Acima, Riverside.fm e suas novidades.

Ela era muito boa de captar áudio, vídeo, independentes para edições posteriores. Mas, com novos módulos de I.A, eu já consigo gravar, editar o texto que se convertem em edição de imagens (como o Transcript.ai faz) e ainda fazer a legendagem, finalizando com cortes para internet de forma automática. Isso é legal, né? É muito legal viver no tempo que a gente vive.

É isso, gente. Até semana que vem.

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