São 7h09min de uma quarta-feira. Levo minha provável audiência pela mão e apresento um deslize ficcional nesta que é para ser uma newsletter informativa e reflexiva. Mas vá, cada um oscila no espectro que lhe é mais íntimo. Sim, foi de improviso e digitado direto, pois o dia ainda me reserva dois programas para editar, reuniões e ensaios para apresentações.
Eis que apresento a voce Denise Ortega y Cortéz. Sessenta e cinco canos, vinte e cinco só no Departamento de Antigas e Novas Mídias analisando tendências e futuros improváveis.
Ela caminha apressada. Ao seu redor, os corredores do DANM pulsam como o estômago de baleias bíblicas, em coreografia sobre esconder no lugar de nutrir. Ela, Jonas de ocasião, se equilibra entre pastas ovais de tão cheias, com memorandos, relatórios, análises técnicas e planilhas de custos sobre “A questão”.
Sua velocidade - mantida a custa de muitos exercícios na hora de sol semanal nos jardins artificiais do complexo - não a impede de rapidamente viajar para sua infância, ainda na Academia da Burocracia. Época em que, após a refeição diária, ouvia dos alunos mais velhos histórias sobre por que estavam sendo treinados e o que faziam ali.
Para início de conversa ninguém sabia então, como não se sabe até hoje, como “A questão” surgiu, ou recebeu esse nome. Suspeitas existem, aqui e ali, como aquela que levantada por alguns escribas do 1973º nível que alegam ter traduzido antigas mensagens de redes telemáticas apontando a origem para algum lugar dois anos antes do fim da era antes do que temos hoje. Tempos difíceis onde se existia o tempo contado.
Tudo o que se tem depois de 356 anos de interpolações, quebras de códigos e traduções é uma frase pichada por todos os níveis do complexo por insurgentes com as mais variadas reivindicações. Sobre ela, a frase, não se conhece o sentido, uso, serventia… pode ser senha para acesso a sistemas operacionais da época, pode ser até mesmo uma carta para amigos, amantes, parentes. Tudo o que se sabe é uma sequência de quatro caracteres, espaço, dois caracteres, espaço, dez caracteres, símbolo.
Word ou GoogleDocs?1
;)
Biscoitinhos para a provável audiência que ainda não vive sua Distopia particular
Somos brasileiros e não desistimos nunca, principalmente do WhatsApp, que agora liberou os Canais. Exatamente como no Instagram, mas com a possibilidade de indexar publicamente. O meu está aqui →
Saiu a biografia de Elon Musk. Acho brega demais biografia enquanto vivo, mas não me surpreende. O livro escrito por Walter Isaacson, revela detalhes sobre a vida e carreira do magnata da tecnologia que para o autor é algo como um gênio definidor de era, mas também como uma pessoa difícil de trabalhar, preferindo um ambiente "duro e impulsionado". Você pode ler a matéria completa no The Verge →
Dei [PLAY] e, uma série indicada pela comunidade de resenhadores de séries do TikTok. Seu nome é “Extraordinária” (Ema Moran, 2023) e está disponível no Star+. A sinopse só funciona por que é humor inglês, acho interessante pontuar: em um futuro não determinado, mas próximo, todos com mais de 18 anos desenvolvem um superpoder. Daqueles bem HQ mesmo, voar, ler mentes, movimentar objetos etc. Jen (Máiréad Tyers) que aos 25 ainda luta para descobrir o seu. Você pode ver aqui →
Agora, vamos lá que o dia está apenas começando!
Por que a pergunta? Explico: estava preparando uma determinada apresentação para um possível futuro cliente e nos deparamos - eu e equipe - com o dilema: identificamos a possibilidade de usar um discreto recurso de I.A. para otimizar processos de criação e distribuição de conteúdo. Optamos por não levar isso para frente.como diferencial, entendendo que assumir a IA como ferramenta faz tanto sentido quanto não ter que explicar se vamos usar Word ou GoogleDocs para criar determinado texto. Fez sentido para vocês tanto quanto fez para mim?
Sobre IA faz total sentido. Me lembro CVs que registavam “habilitado em uso de Office” ...