👤📚 Os livros são os mesmos, mas você não.
Aquela edição livre que por mim só fazia dela. Um pouco de livros, outro tanto de cinema e mais artigos que me chamaram atenção na semana que passou
Eu curto muito esse brinde que destaquei na foto que fiz agorinha por alguns motivos. Em 2018, minha família me perguntou o que o Pai queria de Natal. Pedi duas caixinhas mensais de clube de assinaturas de livros e escolhi o projeto da TAG que tem estes dois produtos bem interessantes: um de novos autores outro de best-sellers. E, durante um ano, recebi dois livros por mês. Li alguns, folheei outros e, como diria Umberto Eco: “tudo bem, você não é obrigado a nada”.
O fato é que este clube tinha esse diferencial, mandava materiais extras e brindes para seus associados com objetos que circundam o amor pelos livros em um misto de afeto e merchandising que, acho que hoje estou condescendente, dava gosto de ver.
Os 24 livros estão acomodados em uma estante anexa ao meu dia a dia e, aos poucos, estou revisitando. E fico pensando como eles ali parados são hoje outras formas de visitar aquele mesmo tempo.
Como testemunharam diferentes formas de enxergar o mundo daquele para o qual foram presente. Algumas tramas fazem mais sentido do que quando chegaram em um pacote cartonado. Outras, seguem encostadas.
O fato é que nesta vida de colecionar os livros, às vezes a gente esquece que eles podem ser os mesmos, mas a gente vai mudando. E, desta simbiose, são sempre novas obras que estamos escrevendo.
Algumas delas, sobre nós mesmos.
Boa semana, provável audiência!
O projeto mauroamaral.com está aqui no Substack toda semana, mas continua em um grupo do Telegram, um canal no Instagram, outro no Whatsap e um servidor do Discord.
[READ] → Shake it Off
O artigo que publiquei lá no meu site sobre Fandoms e política
Nas eleições de 2024, Kamala Harris está utilizando a força dos fandoms, como os "Swifties" de Taylor Swift, para mobilizar eleitores jovens, mulheres e LGBTQ+. Esses grupos, cada vez mais influentes politicamente, conectam suas identidades e valores às causas defendidas por suas ídolas, como direitos reprodutivos e proteção LGBTQ+.
Harris capitaliza essa tendência com eventos como "Backstage with the Swifties", mostrando como a cultura pop pode impactar a política. Ao longo da história, exemplos como Barack Obama e Taylor Swift demonstram o poder dos fandoms em moldar percepções políticas e influenciar resultados eleitorais.
Estudos sobre fandom, conduzidos por autores como Henry Jenkins, mostram que esses grupos não são apenas consumidores, mas também criadores ativos e influenciadores sociais. A interseção entre cultura pop e política é uma tendência em crescimento, com fandoms desempenhando um papel vital na mobilização eleitoral e na formação de identidades políticas.
Harris, ao alavancar essas comunidades engajadas, pode estar abrindo novos caminhos para a integração da cultura pop na arena política, destacando o potencial desses grupos para influenciar de maneira decisiva as eleições.
[READ] → Hormônios
Você já ouviu falar sobre menopausa intelectual?
O conceito de "menopausa intelectual" pode parecer um pouco drástico, mas captura bem um sentimento compartilhado por muitos que, ao atingir a meia-idade, percebem um declínio em sua capacidade criativa. Não é apenas o medo de que as melhores ideias já tenham ficado para trás, mas uma sensação de que as novas ideias não vêm com a mesma facilidade de antes.
Entretanto, longe de ser uma sentença definitiva, a menopausa intelectual pode ser vista como um convite à reinvenção.
A boa notícia é que existem técnicas de criatividade que podem ajudar a revitalizar a mente e a superar essa fase. A chave está em explorar novas formas de pensar e abordar problemas, rompendo com padrões estabelecidos que podem estar contribuindo para esse declínio.
Brainstorming Invertido: Em vez de buscar soluções para um problema, pergunte-se "Como posso garantir que este problema nunca seja resolvido?" Esse exercício pode parecer estranho, mas pode desbloquear novas perspectivas ao inverter completamente a forma de pensar sobre um desafio.
Exploração de Interesses Paralelos: Muitas vezes, a criatividade em uma área pode ser renovada ao explorar uma atividade completamente diferente. Tentar algo novo, como aprender um instrumento musical ou mergulhar em uma nova área de estudo, pode reenergizar sua mente e abrir portas para novas ideias.
Mapas Mentais: Ao invés de seguir uma linha de pensamento linear, crie mapas mentais que visualizam conexões entre ideias aparentemente desconexas. Esse método ajuda a expandir sua visão e a encontrar novas soluções criativas.
Colaboração com Mentes Diferentes: Trabalhar com pessoas de diferentes disciplinas ou com perspectivas completamente distintas da sua pode ajudar a desafiar suas suposições e expandir sua capacidade criativa.
Prática de "Desbloqueios Criativos": Reserve tempo para atividades que possam parecer triviais, como caminhar, meditar ou até mesmo cochilar. Essas práticas permitem que a mente relaxe, proporcionando um espaço onde as ideias podem florescer naturalmente.
Já bateu por aí? Me conta?
[READ] → Newsletter dos amigos
O futuro explicado e a odisseia de Bruno Natal
Eu estou há alguns meses (anos, na verdade), dizendo que fui morar na fronteira entre tecnologia, comunicação e cultura. Mas, não disse que o lugar estava deserto. Seja na podosfera ou na blogosfera revivida a partir das newsletters nos últimos dois anos, dá para selecionar bons projetos que nos mantenham atualizados.
A newsletter O Futuro Explicado é um deles. Editada pelo jornalista e diretor criativo Bruno Natal, apresentador do podcast RESUMIDO (@resumido.podcast), por lá ele fala sobre cultura digital e o impacto da tecnologia em todos os aspectos das nossas vidas.
Daí, toda semana você pode contar com uma das principais notícias sobre inteligência artificial, plataformas de rede social, big tech e comportamento online. Tudo de maneira condensada, ideal para quem quer se manter atualizado sobre as transformações tecnológicas que vivemos.
[PLAY] → 1, 2, 3…matando
Como eu não havia dado play no Only Murders in the Bulding ainda?
Abri esta edição falando de coleções que vão chegando todos os meses e me toquei que acumulamos também thumbnails de conteúdo audiovisual em nossos streamings em igual medida. Não que tenha ainda algum FOMO sobre tanto conteúdo e tão pouco tempo, não porque já fui abandonando isso.
Mas, me peguei fazendo a pergunta do título deste bloco após maratonar a primeira temporada de Only Murders in the Building, do Star+.
A série foi criada por Steve Martin e John Hoffman. Steve Martin, além de ser um dos criadores, também atua na série ao lado de Martin Short e Selena Gomez. E, claro, o destaque vai pela inspiração generalizada que invade cada canto das cenas.
Sim, os criadores de "Only Murders in the Building" consultaram e se inspiraram em podcasts de crimes reais durante o desenvolvimento da série. Embora John Hoffman, um dos co-criadores, não fosse um grande fã de podcasts de crimes reais antes da série, ele ouviu podcasts influentes como "Serial", "Crime Junkies" e "My Favorite Murder" para entender a estrutura e o apelo desse formato. Esses podcasts ajudaram a moldar a narrativa da série, especialmente na forma como ela mistura comédia e mistério.
E, sim, a personagem Cinda Canning, interpretada por Tina Fey na série "Only Murders in the Building", é amplamente vista como inspirada por Sarah Koenig, criadora do famoso podcast "Serial". Tina Fey comentou que sua personagem é uma sátira do tipo de podcaster que se tornou uma celebridade por causa do sucesso dos podcasts de crimes reais. Ela reconheceu que Cinda é uma personagem ambiciosa e um pouco manipuladora, características que brincam com as expectativas do público em relação a essas figuras do mundo dos podcasts.
O que me pegou é que na primeira temporada de Only Murders in the Building os personagens fazem uso de equipamentos típicos de podcasters em vários momentos. E, com eles, mimetizam como nunca todos os nossos maneirismos: gravar no armário, andar pra cima e para baixo com um microfone shotgun, estar com um Zoom H6 sempre pronto para capturar aquela frase. Me senti representado, sabe? :D
Separei alguns momentos que mais me chamaram atenção:
Episódio 1: "True Crime" - Os personagens Charles, Oliver, e Mabel se unem por sua paixão por podcasts de crimes reais e começam a gravar o próprio podcast sobre o assassinato que estão investigando no prédio. Neste episódio, eles começam a usar gravadores portáteis para documentar suas descobertas.
Episódio 2: "Who is Tim Kono?" - Neste episódio, os personagens continuam explorando o uso de equipamentos de gravação enquanto tentam entender o passado de Tim Kono. Eles começam a gravar suas conversas em diferentes locais, como no lobby do prédio.
Episódio 4: "The Sting" - Aqui, o grupo busca conselhos com Cinda Canning (Tina Fey), uma podcaster profissional, sobre como melhorar a qualidade de seu podcast. Neste episódio, é mostrada a importância de equipamentos de áudio para dar um toque mais profissional ao que eles estão produzindo.
Episódio 7: "The Boy from 6B" - Este episódio é particularmente interessante porque a maioria das cenas são feitas em silêncio, mas ainda assim, os personagens utilizam equipamentos de gravação para capturar sons e tentar resolver o mistério, mostrando a relevância do áudio na narrativa.
Por esse quê de metalinguagem e “remediação”, fica a dica ou o convite para debater a primeira temporada. Mas, sem spoilers que final de semana começo a segunda sabendo que já temos a terceira no ar!
Calma, vou te explicar o que é “Remediação”
O conceito de "Remediação" é fundamental para entender como mídias novas e antigas interagem e se transformam mutuamente. Este conceito foi desenvolvido por Jay David Bolter e Richard Grusin em seu livro "Remediation: Understanding New Media" (1999) e descreve o processo pelo qual uma mídia toma emprestado ou reconfigura elementos de outra mídia para criar uma nova experiência de comunicação.
A série é um exemplo claro desse processo, pois adapta a estrutura e o estilo dos podcasts de crimes reais para a televisão, utilizando elementos como gravadores portáteis e a estrutura investigativa, que originalmente pertencem ao formato de podcast, mas são transpostos para a TV com recursos visuais e dramáticos.
[READ] → Li no Substack
Conheça os “supercidadãos”.
Uma pesquisa no Reino Unido revelou uma forte correlação entre voluntariado e coesão social. O engajamento comunitário cria um ciclo virtuoso de solidariedade e pertencimento. Diferentemente do trabalho de Robert Putnam em "Bowling Alone", que foca no capital social, essa pesquisa enfatiza a coesão social resultante de contribuições consistentes.
O voluntariado beneficia tanto a comunidade quanto o voluntário. Estudos mostram que pessoas que dedicam mais de 100 horas anuais ao voluntariado têm 44% menos risco de mortalidade, melhor saúde física e mental, e maior sensação de propósito. A parkrun exemplifica isso, reunindo pessoas de todas as idades para correr e ajudar, nutrindo um senso de comunidade.
No centro desses movimentos estão os "supercidadãos", como Paul Sinton-Hewitt, fundador da parkrun. Esses "spark plugs" lideram, organizam e inspiram outros, demonstrando que pequenas ações podem se transformar em grandes mudanças sociais.
Conheci o termo na newsletter logo abaixo a :
Biscoitinhos para a provável audiência seguir a semana no estilo livre
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Adorei as dicas pra destravar a criatividade.