🧠 Steve Jobs teria mesmo vislumbrado ferramentas como o ChatGPT décadas antes de estarem disponíveis?
Tem também uma nova newsletter que vou editar, o que será de um Dr. Doom feito pelo Homem de Ferro enquanto a Netflix está em maus lençóis para fechar a conta no final do mês...
Está circulando um vídeo de 1985 no qual Steve Jobs, então CEO da Apple, teoricamente estaria vislumbrando o futuro da interação humana com a tecnologia de forma que muitos de nós sequer imaginávamos. Ou seja, para ele, uma terça-feira à tarde.
O californiano teria antecipado o surgimento de uma ferramenta interativa que permitiria diálogos profundos com grandes mentes do passado, como Aristóteles. Essa visão, três décadas antes da introdução do ChatGPT, para os mais afoitos, sublinha a genialidade de Jobs e sua capacidade de prever transformações tecnológicas significativas. Hmmm… será?
Ele acreditava no potencial da "energia intelectual gratuita" proporcionada pela tecnologia, um conceito que, para ele, se tornaria mais refinado ao longo dos anos.
"Minha esperança é que um dia, quando o próximo Aristóteles estiver vivo, possamos capturar a visão de mundo subjacente daquele Aristóteles, em um computador, e algum dia alguns estudantes poderão não apenas ler as palavras que Aristóteles escreveu, mas fazer uma pergunta a Aristóteles e obter uma resposta…"
Até aqui, é um vídeo interessante, como aqueles do Arhtur Clarke também prevendo a internet. Assim como fez Julio Verne, só que na versão texto. Acho que o exagero aqui é considerar isso como se fosse uma antecipação real.
Isso por dois motivos: o comentário é genérico o suficiente para se encaixar em qualquer previsão e o que é mais relevante… a gente segue não conseguindo conversar com Aristóteles, né? Vamos ser honestos. As alucinações estão aí para não nos deixar mentir.
Eu mesmo, pilotando projetos a partir da Sinapse (uma metodologia que criei para acelerar produção de conteúdo utilizando I.A.) vivo revisando materiais…
O que é indiscutível é que se Jobs não viu o futuro de fato, ajudou a moldá-lo. Seu legado continua a influenciar o desenvolvimento de novas tecnologias, inspirando-nos a imaginar e criar ferramentas que transformem nossa maneira de aprender e interagir com o mundo. O tal campo de distorção de realidade, por exemplo, ainda segue forte, gerando notícias como essa.
Sim, tem tudo a ver com a forma distorcida que interagimos com certas personas
Walter Isaacsson cita esta característica de Jobs na biografia que escreveu sobre o empresário. E, para mim, é o que gera este tipo de reação até hoje. Segundo ele, as pessoas da Apple cunharam o termo para descrever a capacidade única de Jobs de persuadir e influenciar as pessoas a acreditarem em suas ideias, por mais audaciosas ou irrealistas que pudessem parecer. Esse fenômeno é caracterizado por algumas características principais:
1. Persuasão Inigualável: Jobs tinha uma habilidade excepcional para convencer as pessoas de que algo impossível poderia ser alcançado. Ele fazia isso através de uma combinação de carisma, paixão e uma comunicação extremamente eficaz.
2. Visão Inovadora: Jobs frequentemente tinha ideias e visões que pareciam inatingíveis na época, mas sua convicção e insistência levavam suas equipes a alcançarem esses objetivos, muitas vezes desafiando as expectativas convencionais.
3. Confiança Inabalável: A confiança de Jobs em suas ideias e em sua visão era tão forte que influenciava os outros a compartilharem dessa confiança. Ele acreditava profundamente em suas próprias ideias e isso se refletia em sua comunicação e em suas ações.
4. Manipulação da Percepção: Jobs era capaz de criar uma narrativa tão convincente que as pessoas começavam a ver as coisas do jeito que ele queria. Ele podia redefinir problemas e situações de forma que parecessem mais gerenciáveis ou atraentes.
5. Expectativas Elevadas: Ao estabelecer expectativas extremamente altas, Jobs frequentemente motivava suas equipes a alcançar níveis de desempenho e inovação que pareciam inatingíveis.
Esse fenômeno permitiu a Jobs não apenas impulsionar a inovação na Apple, mas também revolucionar indústrias inteiras, transformando produtos e experiências do cotidiano. Até hoje, pelo visto.
Tem outra persona no mundo tech de hoje que você elencaria como potencial dono de um campo de distorção semelhante?
O projeto mauroamaral.com está aqui no Substack toda semana, mas continua em um grupo do Telegram, um canal no Instagram, outro no Whatsap e um servidor do Discord.
[PLAY] → Direto da Latvéria
🦹♂️ Assim na céu como na tela: parece que alguém trocou a armadura pela máscara de metal!
Não sei o que você comentou no botão lá de cima. Mas, mudando um pouquinho de indústria, temos outro exemplo de distorção de realidade…logo ali no maior evento de cultura pop do mundo.
Se você estava ligado na Comic-Con, já sabe: Robert Downey Jr. está de volta ao MCU, mas não como o herói que conhecemos. Prepare-se para vê-lo como o vilão Doutor Destino nos próximos filmes dos Vingadores!
As reações vão do comentário da Gwyneth Paltrow, tão confusa quanto nós, no Instagram: "Eu não entendi, você é um vilão agora?". Já os irmãos Russo provocaram: "Sempre dissemos que verde é sua cor...". RDJ, com Oscar ainda na mochila por seu papel em "Oppenheimer" e recebendo uma indicação ao Emmy por "The Sympathizer", declarou à Esquire: "Com certeza. É uma parte integral do meu DNA."
Kevin Feige garante que não vão ressuscitar o Homem de Ferro, mas quem precisa dele quando temos o Doutor Destino? Marque na agenda: "Avengers: Doomsday" (maio de 2026) e "Avengers: Secret Wars" (maio de 2027).
Anthony Russo expressou uma ligação emocional e criativa com a história que está por vir, enquanto Joe Russo lembrou que "Secret Wars" foi a série de quadrinhos que os fez se apaixonar pelo universo Marvel. Stephen McFeely, que co-escreveu os filmes anteriores com os irmãos Russo, também escreverá os novos filmes dos Vingadores →
💡 Tem newsletter nova no ar, você sabia?
Quando comecei a trabalhar as edições desta newsletter aqui tinha (e tenho) uma missão clara: encontrar pontos de convergência entre tecnologia, comunicação e cultura, como acabei de fazer acima ao trabalhar o conceito de campo de distorção de realidade de figuras e personas do mundo contemporâneo.
Estou contente com este recorte, que me conecta com alguns dos aspectos que apresentei aqui neste material para marcar meus 20 anos de carreira.
Mas ocorre que todo um fazer profissional estaria deixando de ser compartilhado a partir deste recorte. E sentia que isso queria emergir aqui e ali em alguns textos por aqui, o que gerava um semi-tom fora da escala, se é que me entende.
Por isso, resolvi criar uma segunda newsletter. (Mas, meu Deus… pois é…). Esta, focada exclusivamente na comunidade de contratantes de projetos de conteúdo, gestores de marca e profissionais do meio.
Já tivemos uma primeira edição segunda-feira, analisando os porquês da imagem do Medina flutuando no espaço ganhou o mundo tão rapidamente. Você leu? Corre lá.
A partir disso, a ideia é toda semana trazer um resumo do que rolou no blog da produtora, além de links e referências interessantes a partir de minha categoria.
Só venham!
(Clicando no banner você assina)
[READ] → Meu mundo, minhas regras
🧩 Começam a surgir programas de apoio e orientação para jovens funcionários neurodivergentes no ambiente de trabalho
Quando a Ernst & Young abriu seu primeiro Centro de Excelência Neurodiversa na Filadélfia em 2016, a firma de serviços profissionais foi considerada um local de trabalho pioneiro. Pessoas de todo os EUA se candidataram para as 15 vagas anunciadas e foram para Dallas para entrevistas. Um candidato dirigiu a noite toda - da Califórnia - apenas para estar lá. Apesar de ser doutor pela MIT, ele teve dificuldade em encontrar trabalho - uma experiência comum a muitas pessoas neurodivergentes.
Como vice-presidente global de diversidade, equidade e inclusão, Karyn Twaronite disse: "essas eram pessoas com diplomas fenomenais e experiências educacionais, mas não eram necessariamente contratadas para os empregos desejados."
No Reino Unido, condições como TDAH e autismo afetam 15-20% da população. Isso é particularmente verdadeiro para os mais jovens. Pesquisas mostram que um em cada cinco trabalhadores entre 16-24 anos, e até um em dois, entre 25-34 anos, se identificam como neurodivergentes.
Características associadas às condições neurodivergentes incluem atenção aos detalhes, hiperfoco, criatividade e habilidades de resolução de problemas, que podem ser ativos valiosos em muitos campos. Contudo, os ambientes de trabalho tradicionais podem apresentar desafios.
A autoconsciência é o primeiro passo para buscar o apoio necessário. A comunicação aberta é fundamental. É crucial conhecer os direitos legais. Nos EUA, a Lei dos Americanos com Deficiências promove a compreensão das condições neurodivergentes e a solicitação de apoio no trabalho. No Reino Unido, a Lei da Igualdade exige que empregadores façam ajustes razoáveis. Tente resolver problemas de discriminação informalmente primeiro, mas saiba que há prazos rigorosos para ações legais. A Ernst & Young possui agora 23 centros em 10 países e uma taxa de retenção de 92% entre seus funcionários neurodivergentes. Empresas como Ford e JPMorganChase também lançaram esquemas semelhantes.
Quer ver representado aqui algum programa de inclusão? Manda mensagem para mim que eu vou atrás das infos!
[PLAY] → Tudum ou maçã?
🎬🍿📺 Tem que acabar o Netflix?
Outro dia foi parar em minha ForYou um TikTok bem alinhado com o que penso sobre streamings: a Apple TV+ dá um banho na Netflix. Qualidade, curadoria, interface e tudo o mais. Mas o fato é que tem mais gente querendo pagar quase R$ 70 por novelas e doramas e sequer conhece o que os R$ 21,90 do streaming da maçã proporciona. Mas, este bloco da newsletter não é sobre isso, que é fato consumado.
É sobre a sobrevida da locadora vermelha apesar disso. Estava lendo aqui outro dia que, ao longo do segundo trimestre de 2024, a Netflix confirmou seu status de líder no mercado de streaming premium ao conquistar 8 milhões de novos assinantes, totalizando 277,7 milhões globalmente.
A empresa não apenas superou as expectativas de vendas e lucros, mas também elevou as previsões de receita e margem para o ano, além de se destacar com 107 indicações ao Emmy. Analistas, como Jeff Wlodarczak do Pivotal Research Group e Robert Fishman da MoffettNathanson, elogiaram esses resultados como exemplares, destacando a ausência de problemas significativos no horizonte para a Netflix.
Crescimento de assinantes e desafios publicitários
Embora o setor de publicidade da Netflix ainda esteja em fase inicial, a monetização da crescente base de usuários é um desafio contínuo. As assinaturas com suporte de anúncios, populares em 12 mercados, incluindo os EUA, representaram 45% das novas adesões no segundo trimestre. No entanto, a receita publicitária não acompanhou o aumento de audiência, que atinge quase duas horas diárias por membro.
Após um declínio raro nos assinantes em 2022, a Netflix introduziu planos com anúncios. A Morgan Stanley projeta que a receita publicitária da empresa atinja US$ 7,1 bilhões até 2027, representando 13,5% da receita total esperada. Contudo, a Netflix não prevê que a publicidade seja o principal motor de crescimento de receita em 2024 ou 2025.
Para melhorar suas operações de publicidade, a empresa está construindo uma plataforma interna de tecnologia publicitária, com lançamento piloto no Canadá em 2024 e mundial em 2025, incluindo parcerias com Trade Desk, Google DV360 e Magnite para melhorar a relevância, segmentação e medição dos anúncios.
Mudanças na Liderança e Estratégia de Jogos
Para fortalecer sua equipe, houve mudanças na liderança, com Peter Naylor deixando o cargo de chefe de vendas publicitárias. A Netflix está consciente da necessidade de aprimorar suas operações de publicidade, conforme destacado por Greg Peters, co-CEO da empresa.
Além das estratégias de publicidade, a Netflix tem investido em sua estratégia de jogos, que analistas veem como um potencial motor de crescimento. Mark Mahaney, da Evercore ISI, destacou o impressionante crescimento de usuários e vários fatores que podem contribuir para o aumento da receita, como aumentos de preços internacionais e a expansão da monetização de anúncios.
Perspectivas Futuras e Desafios
Apesar dos resultados positivos, muitos analistas mantiveram suas expectativas financeiras quase inalteradas, embora alguns tenham aumentado seus preços-alvo para as ações da Netflix. Há ceticismo em relação à capacidade da Netflix de crescer sua base de assinantes fora dos EUA e de aumentar sua receita com publicidade a curto prazo. No entanto, a empresa continua sendo vista como uma líder no mercado de streaming, com uma sólida estratégia de conteúdo.
A Netflix enfrenta desafios como a competição com gigantes da tecnologia em publicidade e a necessidade de provar sua estratégia de jogos. Contudo, os analistas permanecem otimistas sobre o modelo operacional da Netflix e sua capacidade de superar concorrentes em termos de lucratividade e crescimento de assinantes.
A ver.
🌐 Momento “Esta é a sua vez”
Biscoitinhos para quem não cai no campo de distorção e não perde um lançamento da Apple+
🌈❤️🧠 Curious Kids é uma série que explora questões intrigantes, e desta vez aborda a complexidade do amor. Desde a neurociência que explica o amor como uma reação química no cérebro até as filosofias de Platão e Aristóteles sobre relacionamentos baseados em virtudes e admiração mútua, este artigo oferece uma perspectiva multifacetada. Erich Fromm e Virginia Held complementam a discussão, destacando que amar é uma prática que requer habilidades e valores como empatia e respeito. Descubra mais sobre como entendemos e praticamos o amor através dos tempos →
🚀🏢🛠️ A jornada de fundadores e candidatos em startups é cheia de riscos e recompensas. Este artigo fornece dicas práticas para alinhar as expectativas de ambos os lados e construir uma equipe forte desde o início. Desde a criação de uma cultura sólida até a formulação de uma Proposta de Valor ao Empregado (EVP), passando pela terceirização de processos de RH, as estratégias apresentadas ajudam startups a superar desafios como recursos limitados e alta incerteza →
📽️🎥💻 Anne Aaron, diretora sênior de tecnologia de codificação da Netflix, passou 13 anos aperfeiçoando a codificação de vídeos da empresa. Seu trabalho economizou 50% da largura de banda para streams em 4K e desenvolveu o codec de vídeo AV1. Aaron e sua equipe agora enfrentam novos desafios com transmissões ao vivo e jogos na nuvem. A Netflix também lidera no desenvolvimento de novos codecs, como demonstrado pelo curta "Meridian". Com mais eventos ao vivo e talvez até 8K no futuro, Aaron permanece otimista em otimizar a qualidade dos vídeos, como disse aqui →
📉🌊📺 Mas, tem gente repensando tudo isso que está aí: Os titãs da mídia Brian Roberts, John Malone e Barry Diller concordam que o atual modelo de streaming é insustentável. Em uma reunião no iate Arriva (eu ouvi Succession?), discutiram como o antigo sistema de TV a cabo está obsoleto, comparando-o a um cubo de gelo derretendo. Exemplos de dificuldades incluem a Paramount, que falhou em negociar uma venda, a Warner Bros. Discovery com uma dívida de 43 bilhões de dólares, e a Disney enfrentando perdas crescentes no streaming. A indústria precisa urgentemente de um novo modelo sustentável →