Vale Tudo a pena?
A volta de Vale Tudo e por que Maria de Fátima será idolatrada em 2025. E mais: auto-ajuda, casais que discutem por causa de fake-news, Bill Gates meninão.

Fui noveleiro na adolescência, desde que você entenda que fiz isso com certa excentricidade: anotando a entrada das cenas para tentar desvendar, ali com 14, 15 anos, como se fazia televisão. Repetia o comportamento, aliás, com os telejornais e as edições dominicais do Fantástico. Guardo estes cadernos até hoje, não seguindo a dica de autores consagrados que queimaram seus escritos dos primeiros anos porque seriam maus conselheiros, afinal.
Mas o fato é que a primeira edição de Vale Tudo me pegou no auge desta mania. Devo ter ainda alguns capítulos na memória - que ouso dizer infelizmente não me falta tanto quanto meus arrependimentos gostariam - e, para além dos desvios morais que queriam escandalizar a audiência na época, me interessava a trama policialesca que se instalaria no final da trama. Recorri a toda sorte de técnicas ensinadas por Conan Doyle mas, em janeiro de 1989, não acertei.
Soube agora, assistindo o documentário sobre a volta da Trama ao horário das nove que precisaram regravar porque vazou a primeira opção dos autores da época, Gilberto Braga, Leonor Bassères, Aguinaldo Silva. Então, não foi de todo culpa minha.
Minha aposta era a própria Maria de Fátima.
👇🏻
Por que hoje as coisas são diferentes e por isso mesmo, relevantes?
Na versão do século XXI, tenho a hipótese que Maria de Fátima será idolatrada pelos coachs neo-quânticos que mentalizam o futuro que querem ter. Aliás, peguei nos três capítulos que vi uma ou outra frase que parece ter sido tirada de suas palestras motivacionais.
O Brasil é o mesmo e, por isso mesmo, hoje é outro completamente diferente. Somos antropofágicos e desapegados de nossas memórias, de forma que vivemos de nos retroprocessar, fazendo café na mesma água de sempre.
OU, como disse aqui:
Se, na década de 80 (tão idealizada pelos jovinhos de hoje que sofrem de sua newstalgia) o debate central era se valia a pena ser honesto no Brasil, no de hoje penso que trabalhamos com outra questão: “e dá tempo de se pensar moralmente no mundo de hoje?”
Não é juízo de valor, nem tomada de partido. Mas, sim, um começo de conversa.
Tenho certeza que partimos de um outro lugar, inclusive com o outrora produto cultural mais importante do país morando em outra casinha, cercado de várias telas que um dia se resumiam a uma única, de 20 polegadas e olhe lá.
O país é outro, naquele mesmo ano voltamos com eleições diretas depois da Ditadura, tropeçamos algumas vezes, rachamos ao meio as famílias cada metade jurando que seu número era a melhor escolha nas urna eletrônica que aliás, funciona.
Mas, ainda assim, ficam questões. Me conte aí como calcula - se é que calcua e tudo bem se não - o impacto de uma releitura tão importante quanto essa:
Biscoitinhos de semana corrida enviados por Raquel direto de Foz de Iguaçú…
👫 Segredo que azeda a alma | Descobri que a desinformação, classificada como infodemia pela OMS, afeta relacionamentos, com 80% dos canadenses e 85% dos americanos acreditando em teorias conspiratórias. As dicas para evitar a treta, já conhecemos: manter conexões sociais fora do digital, praticar uma dieta saudável de mídia, evitar confrontos emocionais e fomentar o pensamento crítico para lidar com essas crenças, que muitas vezes assumem o status de fé. O artigo interessante lembra ainda que terapia pode ser essencial para casais enfrentando esses desafios →
💩 Quem ama o feio, pinta ele mais feio ainda? | A artista britânica Sarah A. Boardman, responsável pelo retrato oficial de Donald Trump no Denver State Capitol Gallery of Presidents, afirmou recentemente que seus negócios estão sendo "diretamente e negativamente impactados" após críticas públicas feitas pelo ex-presidente norte-americano. Quem nunca? A obra de Boardman ficou exposta por seis anos até janeiro, quando Trump a descreveu como "verdadeiramente a pior" em uma publicação na Truth Social, alegando distorções e perda de talento da artista com a idade →
📚 Como disse no Threads: livro de auto-ajuda não me desce, mas… | Vale ficar de olho no artigo que trago aqui e descobrir que a indústria do bem-estar, avaliada em US$ 6,3 trilhões, cresce com a Geração Z e millennials, mas enfrenta desafios de regulamentação. A biblioterapia é uma forma de autoajuda, mas é crucial escolher livros com base científica e autores com credenciais →
🕹️ Esbarrei esta semana na Pesquisa Game Brasil (PGB) de 2025 revelou dados interessantes, com os quais o ícone de joystick sinaliza que não colaborei :D | Sabia que 82,8% dos brasileiros estão consumindo jogos digitais, marcando o maior índice registrado até o momento? O número foi impulsionado principalmente pelo crescimento dos cassinos e plataformas de apostas online ao longo do último ano. A pesquisa, realizada com 6.282 participantes em todo o Brasil entre janeiro e fevereiro, mostrou que 88,8% dos entrevistados consideram os jogos digitais como uma das suas principais formas de entretenimento, dos quais 80,1% veem a experiência como a mais divertida. Se joga aqui →
💻 E o Bill Gates, hein? O meninão que previu que a internet não duraria muito tempo… | compartilhou o código-fonte do Altair BASIC de 1975, um dos alicerces sobre os quais a Microsoft foi construída. Antes de surgirem o Windows e o Office, a Microsoft desenvolveu um interpretador BASIC cuidadosamente projetado para atender às limitadas capacidades do Altair 8800, um dos primeiros computadores pessoais. Confere aqui →
Genial essa análise contemporânea de Vale Tudo. Ia ser legal ver a Maria de Fátima pega por matar Odete Roitman…