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Começo 2024 por aqui sem avisar, poruqe a vida é feita disso mesmo que está aí, todo sabemos. Decidi embarcar numa aventura nova, algo que estou chamando de review narrada.

Sabe, é como se cada livro que termino, cada história que me envolve, pedisse para ser compartilhada, para contar a jornada que vivi com ele. E hoje, vamos de "Os Perigos do Imperador", uma obra fascinante do Ruy Castro, que, se a memória não me falha, foi laureada com o prêmio Jabuti.

Dá para entender esse livrinho como um romance, um conto, uma noveleta sobre um Brasil de outrora, durante o segundo reinado, que me enganou direitinho com seus pseudos documentos históricos, recontados a partir de um fato real: Dom Pedro II durante sua visita real aos Estados Unidos em 1876!

Não posso deixar de mencionar, claro, minha paixão por quadrinhos e como eles também retratam essa época de uma forma tão única. "Nas Barbas do Imperador" e "Dom João Carioca", cada um a sua maneira, trazem à vida esse período tão rico da nossa história. E "Independência ou Mortos", nossa, que prazer foi conversar com Harold Sticker, o ilustrador genial por trás dessa obra, mesmo que ele já tenha nos deixado.

Ah, e tem a trilogia famosa de Laurentino Gomes – "1808", "1822", "1889" –, que de certa forma, ecoa esse tema da reinvenção do Brasil, um ciclo que parece nunca terminar. Cada livro, a seu modo, tenta decifrar esse enigma, essa capacidade brasileira de se reinventar, de olhar para o passado e imaginar o que poderia ter sido diferente.

E é interessante como em "Os Perigos do Imperador", Ruy Castro brinca com essa ideia, misturando realidade, quase uma distopia, com elementos do steampunk. Não é tanto pela tecnologia, mas pela maneira como uma figura histórica é reinventada em outra narrativa. É essa mistura, esse flerte com o steampunk, o dieselpunk, que dá um sabor todo especial à história.

Além disso, o uso de múltiplos formatos para contar uma história, algo que nos cursos de escrita criativa sempre apontam como ousado, interessante, aqui se faz presente de maneira magistral.

Pronto, ano inaugurado.

Perdoem o formato vertical, mas saiu primeiro no Instagram. ;)

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A conexão direta entre o fluxo da minha consciência e os ouvidos da sua. Todas as segundas-feiras um episódio que mora da tríplice fronteira entre tecnologia, comunicação e cultura; e de como juntas elas afetam os territórios da economia dos criadores, das narrativas em áudio e da terceira WEB. Siga no Insta @mauroamaral e receba news em mauroamaral.com/direto